Na maioria dos casos, os fabricantes continuam a recorrer a soluções de motores de íman permanente, os quais fazem uso de alguns materiais raros, como neodímio. E se o preço deste componente permaneceu estável até 2020, durante 2022 tem vindo a subir de forma acentuada, com a cotação em outubro de 2022 a ser 2,4 vezes superior ao valor médio praticado entre 2013 e 2020!
Embora existam no mercado outras soluções técnicas para motores elétricos, os de íman permanente são ainda os mais utilizados (84%), tendo do seu lado uma superior densidade de potência e binário. Mas marcas como BMW, Mercedes e Renault utilizam já outras soluções, como motores de indução.

Mas qual a razão de se continuar a utilizar motores de íman permanente? Mais uma vez a causa está na China, o país atualmente líder na produção e comercialização de veículos elétricos, e onde estão as maiores reservas de neodímio. E a maioria dos veículos desenvolvidos nos últimos anos pelas marcas (também fora da China) incluíam cadernos de encargo baseados no fornecimento e na tecnologia de íman permanente. E os fabricantes não podem mudar de tecnologias – incluindo em matéria de fiabilidade – de um dia para o outro...
Por isso, vários estudos apontam que o neodímio e os motores de íman permanente continuem a ser dos mais utilizados nos próximos anos (embora com especial enfoque na China) e que serão as marcas europeias as primeiras – tal como já acontece com BMW, Mercedes e Renault – a utilizar outras soluções nos novos projetos. Até porque já se fala nos motores de fluxo axial, muito mais compactos e capaz de uma eficiência energética na ordem dos 98%!